• quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

    Caminhos do emprego em Suape - Capacitação e persistência - PE

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    Serão gerados 78 mil empregos diretos, apenas na operação dos grandes projetos implantados na região
    Quem diria, hein? Pernambuco já fabrica navios e também vai montar automóveis, refinar petróleo e produzir insumos petroquímicos, algo impensável até pouco tempo atrás. A chegada do Estaleiro Atlântico Sul, da Fiat, da Refinaria Abreu e Lima e da PetroquímicaSuape está abrindo novas frentes de trabalho para os pernambucanos. São empreendimentos-âncoras de novos polos produtivos e trazem a reboque dezenas de empresas fornecedoras e compradoras para o complexo de Suape e seu entorno, além de contribuírem para a expansão de um segmento tradicional e promissor, o logístico.

    Se todos os investimentos previstos para Suape forem confirmados, o complexo industrial portuário vai gerar cerca de 100 mil vagas de trabalho nos próximos anos. Qual o caminho para se conseguir uma delas? Não há apenas um caminho, mas vários. E todos eles passam pela qualificação. Somente com profissionais bem preparados Pernambuco poderá surfar nesta nova onda de desenvolvimento. De hoje até o dia 27 de fevereiro, sempre aos domingos, o Diario vai levar a seus leitores os detalhes da implantação e desenvolvimento desses novos polos, indicando quais as categorias profissionais em alta e em que escolas estudar, além de dicas úteis para ajudar na busca pelo emprego no mais novo eldorado do Brasil. Começamos hoje com um perfil de Suape e uma reportagem sobre o polo automobilístico.

    Suape. Palavra mágica que ao ser pronunciada faz brilhar os olhinhos de muitos pernambucanos, como se fosse sinônimo de emprego e renda. E é mesmo. Vinte mil pessoas já usufruem do status de poder dizer: ´Eu trabalho em Suape`. Seja nas empresas existentes ou na construção e montagem dos novos empreendimentos. Como Givanildo Lucena de Oliveira, 42 anos, um dos 5,2 mil funcionários do Estaleiro Atlântico Sul. Terceiro de 12 irmãos, ele começou a trabalhar aos nove anos de idade. Foi vendedor de pão e camelô no Centro do Recife, mas hoje diz com orgulho: ´Eu trabalho no estaleiro. Sou montador da indústria naval`.

    O Atlântico Sul é o primeiro dos empreendimentos estruturadores do Complexo Industrial Portuário de Suape a entrar em operação e dá uma ideia do que está por vir. Basta imaginar aquela região daqui a cinco anos, quando tudo estiver funcionando. Serão gerados 78 mil empregos diretos apenas na operação dos grandes projetos (Refinaria Abreu e Lima, Estaleiro Atlântico Sul, PetroquímicaSuape, montadora da Fiat e Companhia Siderúrgica Suape), número que poderá chegar a 100 mil se outros empreendimentos forem confirmados.

    Sabemos que não é fácil ´chegar lá`. É preciso, além de capacitação, persistência. Givanildo tem o ensino médio completo e fez cursos de eletricista industrial, operador de empilhadeira e operador de máquinas pesadas. Morador de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, passou por várias empresas e amargou diversos períodos desempregado. ´Tive que aprender a procurar emprego. A primeira lição que aprendi foi que é preciso ir à Agência do Trabalho pelo menos uma vez por mês`, relata. O ingresso no estaleiro foi mais um exercício de persistência. ´Passei quatro dias na fila revezando com meus irmãos para me inscrever`, conta o montador.

    Somados todos os investimentos privados em implantação em Suape desde 2007 chega-se a uma cifra mágica: US$ 21 bilhões (cerca de R$ 35 bilhões). Sem contar os fornecedores que estão chegando ao estado a reboque desses empreendimentos. A Fiat, por exemplo, deverá atrair aproximadamente 50 fornecedores. É muito emprego chegando. E isso tem exigido total mobilização por parte do governo do estado em parceria com instituições de ensino, como Senai, UFPE, IFPE e UPE.

    ´A ideia é fazer um grande planejamento para que a gente tenha profissionais de nível fundamental, médio, técnico e superior a médio prazo e a longo prazo. Não podemos mais enxergar Suape somente pelo que está acontecendo hoje, nem pelo que vai acontecer daqui a quatro anos, mas o que vai acontecer nos próximos 20 anos`, diz Frederico Amâncio, vice-presidente de Suape.

    Até lá, outras 100 empresas devem estar desembarcando na área, caracterizando um novo polo de desenvolvimento no país. O Senai, que nos últimos três anos formou cerca de 25 mil pessoas com foco em Suape, diz que está preparado. ´A única coisa que pedimos é que as demandas sejam apresentadas com antecedência`, diz o diretor técnico do Senai-PE, Uaci Matias.
    [Autor Micheline Batista // Diário de PE]

    Fonte: http://escadaedesenvolvimento.wordpress.com

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